Poesias: Ágata ou Cacos de calcedônia, quartzo e ametista
Um dia, a vida destruiu,
E o cruel calor da Terra à engoliu.
A rocha mais dura que o mundo já viu.
E Tempo pior jamais existiu.
Atropelada, machucada e cansada.
Em cacos e pela pressao sufocada.
Abandonada, culpada e esquecida.
Sofria a pobre rocha derretida.
Num volátil mundo de lava,
Acreditou que nada lhe restava,
Abatida, engatilhada e desesperada,
Retorcida e esmigalhada
Foi convencida que em existência, era digna apenas do nada.
Mas aqui, caro leitor, ainda nao acaba essa estória,
Guarde com zelo e amor os proximos versos de nossa memoria.
A pobre, que só via nos outros vitória,
Que não se dava conta da própria glória
Ou do que seria o seu vir-a-ser.
Dos caquinhos, de beleza apoteótica,
A Mãe Terra, de sua maneira caótica,
Lapidou a mais colorida,
Em doçura e gentileza vestida,
Mais dura pedra jamais esculpida.
A Agata, formada em vida-vulcão,
Camada mil de cristalização,
Enche os olhos e o coração.
De todos que toca com sua vida.
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