Soneto: Palindromia Sonética

Sofro de palindromia, encanto raro,

Palíndromos são feitos cativantes,

Que dançam, num vaivém, tão intrigantes,

No espelho do sentido mais bizarro.


Anagramicamente análogo, eu paro,

Rearranjo as ideias flutuantes,

Pois haicais e repentes, tão vibrantes,

Na métrica do som, vem em disparo.


De repente me absorvem, e me tomam,

Sorvem de mim o intelecto e explodem,

Em versos que no caos se reacomodam.


O que era limitação torna-se inspiração,

E a estrutura liberta minha mente,

Soneticamente inspirada, em criação.




M Disdero

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