Textículos 8 - Timbres, Personas e Descobertas
Sobre o amor que temos pelas pessoas que as pessoas nos fazem nos descobrir.
Metade do que amei em você era quem você é, grande parte porém, também, quem eu me descobri quando perto de ti.
A vida tem dessas coisas de nos fornecer experiências profundamentes estéticas vindas do reflexivo cotidiano de nossas fugazes interações.
E dessas, sinto profundo afeto.
Sinto saudade de você e sinto falta ainda da parte de mim que ficou aí. Sinto falta do poeta e do escritor. Sinto falta do amigo, da ética e do carinho que buscava demonstrar, e ao demonstrar me tornava.
Sinto falta da acidez e da sensatez que eu via em mim, vindas de você.
Eu sinto falta do que criei em mim em sintonia contigo. E de sentir quem você era aqui dentro.
Era delicioso me sentir tão especial e inteligente. E te expressar de tal forma tão incrível em meu âmago.
Eu sinto falta de ti, ainda mais, grande falta do eu distante, que busco reencontrar.
Ouço, indassim, esparços sussuros de teu timbre em minha consciência, e relembro quanto era bom ouvir-me por meio de sua voz.
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